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Foto: Pedro Piegas (Diário)/No trevo da Uglione, poucos funcionários trabalham na estrutura de ferro para o viaduto da rótula, que ficará sobre a trincheira
A obra da duplicação da Travessia Urbana de Santa Maria, que completou 7 anos em 16 de dezembro passado, começou o ano de 2021 em ritmo lento. Num primeiro momento, em janeiro, a justificativa da paralisação dos serviços era de férias coletivas, o que ocorreu enquanto as construtoras aguardavam a liberação de verbas. Em fevereiro, operários realmente voltaram a trabalhar. Porém, como há cerca de 15 dias só foram pagos os valores atrasados dos serviços realizados em novembro e dezembro, as empresas pisaram no freio e reduziram o ritmo das obras.
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Segundo a coluna apurou, o entrave atual é a falta de aprovação do Orçamento da União de 2021, aliado a uma decisão do governo Bolsonaro de não liberar as verbas do chamado duodécimo. Ou seja, mesmo antes da aprovação da lei orçamentária, em anos anteriores a União repassava o valor destinado a cada obra, mas equivalente ao mês corrente, pagando em janeiro 1/12 (um doze avos) do valor total previsto para aquela obra no ano.
Resultado: como não saiu a liberação dos recursos, por meio dos chamados empenhos, as construtoras da Travessia Urbana só têm para gastar e receber em 2021 as sobras de verbas de 2020 que não tinham sido consumidas. Como a quantia é insignificante, o consórcio responsável pelo lote 1 mantém poucos operários trabalhando nas ferragens dos viadutos e da trincheira do Trevo da Uglione, enquanto no lote 2, trabalhadores asfaltaram trechos entre a ponte do Cadena e a passagem inferior da Rua Capitão Vasco da Cunha.
Porém, agora em março, a tendência é de ritmo ainda mais lento, pois a estimativa é que o Congresso só aprove o Orçamento de 2021 no final do mês E as liberações de verbas (empenhos) devem ficar para abril. As construtoras só devem manter algum serviço para que as obras não parem de vez.
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No Orçamento de 2021, há previsão de R$ 36,8 milhões para a Travessia Urbana, além de R$ 5 milhões em emendas da bancada gaúcha. Se isso for aprovado, ainda devem faltar cerca de R$ 10 milhões para chegar aos 100% das obras.
Com esses atrasos, talvez a conclusão total acabe ficando para 2022. Mas não há nada oficial quanto a isso. É só uma estimativa extraoficial.